quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Cartaz do Filme!

Depois de 74 versões, 2 meses de indecisões e muita paciência do designer Felipe Muruci, finalmente escolhemos a arte para a capa do DVD e cartaz do filme, apresento-lhes:




Visite a página da FIM Design no Facebook e confira estes e outros trabalhos!
https://www.facebook.com/fimdesign

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Assinaturas de quem nem conhecia as letras!

Lista de Autógrafo da professora e de todos os idosos participantes das filmagens de A B Ser.
Turma de alfabetização do Ambulatório O Mestre!

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Confiram a Ficha Técnica do Filme

A B Ser A B See
52 minutos / Digital
Macaé, Brasil 2010

Com With
Alcelino da Conceição
Cláudia Borges de Moura
Filomena Borges
Gilda da Silva
Luiza Barroso
Maria da Conceição Bento
Maria do Carmo da Silva
Marli dos Santos
Neilza de Moraes Souza

Roteiro e Direção Screenplay and Direction
Mariana Luiza

Fotografia e Câmera Cinematography and Camera Op.
Andrea Capella


Segunda Câmera Second Camera Op.
Gustavo Pessoa

Montagem Film Editor
Ana Costa Ribeiro

Produção Executiva Unit Production Manager
Mariana Luiza º Andrea Capella

Produção Production
Mariana Luiza º Gabriel Jaccoud º Daniela Santos


Filmado em Capture by
Sony EX1 º Canon 5D Mark II

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Correção de cor, Edição de Som!

Pessoal,

O filme está quase pronto!
Agora só falta editar e mixar o som e corrigir a cor!

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Lançamento de "Poesias de Maria"

Fotos da filmagem do lançamento do livro de poesias de Dona Maria.
Último dia de filmagem. Dia de festa!


Mais fotos!

Saiu na Imprensa












 
Confiram a matéria do Caderno 2 do jornal O Debate, sobre o lançamento do livro "Poesias de Maria".
"Poesias de Maria" é o primeiro livro de Dona Maria do Carmo, aluna da alfabetização e personagem do A B Ser.

A festa de lançamento aconteceu no dia 30 de Março, com muita música, poesia e autógrafos! E fará parte do Filme A B Ser.

Leia no Debate:
http://www.odebateon.com.br/2008/noticias/noticia.php?id=11855

quarta-feira, 7 de abril de 2010

A Turma precisa de patrocínio!!

Olá Pessoal,

As filmagens acabaram e agora me preparo para a edição. Estou assistindo a todo o material e preparando o roteiro de edição.
Filme a parte, começamos aqui uma campanha para ajudar a Turma que inspirou A B Ser.

A escola está fechada desde o início do ano por falta de apoio. Para gravar o filme contamos com a colaboração da professora e dos alunos. Nós da equipe do A B Ser, os alunos, professora e coordenadora acreditamos que o filme irá ajudar a mobilizar empresas e pessoas físicas a ajudar ao projeto. Mas enquanto o filme não fica pronto iniciamos aqui no Blog uma campanha de mobilização.

Ajudem a escola do Ambulatório O Mestre.

Se você é empresário ou conhece algum empresário disposto a apoiar o projeto entre em contato!

Visite o Ambulatório O Mestre, na Loja Maçônica Obreiros.
 Rua Jesus Soares Pereira, 466
Macaé - RJ, 27923-370Ou ligue para 22 2762-5070 e fale Therezinha Santana.

Caso queira enviar um email, mande uma mensagem para mariana.luiza@globo.com, que encaminho para o pessoal do ambulatório.

Vamos nos mobilizar!

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Decupagem

Pessoal,

Ainda no clima "do filme é como um filho" vamos nos concentrar nos primeiros meses de gestação deste bebê. Assistir todas as quase 100 horas de filmagem. temos 2 meses pela frente!

Depois da decupagem eu volto com mais notícias.

Mais fotos dos bastidores e da equipe de filmagem...



quarta-feira, 31 de março de 2010

Equipe A B Ser, vai deixar saudades!


Uma semana de muito trabalho, imprevistos, alegrias e aflições. Como disse Andrea Capella (a diretora de fotografia), fazer um documentário é como ter um filho. E acho que é por aí mesmo...
A B Ser foi uma gravidez planejada, mas como se trata do primeiro filho, por mais que se planeje surpresas mil irão acontecer! 
É só o início da gestação, mas nesta semana, pude sentir muitas alegrias, medos diferentes dos quais nunca tinha tido antes (como toda mãe de primeira viagem), algumas angústias e aflições, a percepção de que por mais meu que seja, o filho virá como ele quiser vir.

Foi apenas uma semana, mas sinto como se já passaram os nove meses de tão intensa e incrivelmente deliciosa foi esta experiência.

Gostaria de agradecer a toda equipe do A B Ser por toda dedicação e compromisso com o filme, e mandar um beijo saudoso pra cada um de vocês!

Mari

segunda-feira, 29 de março de 2010

Dia 6 - 28 de Março de 2012, Domingo

Filmagem no sítio!

Debaixo de um pé de caqui, sentada num carro de boi, dona Filinha conta sua aventura amorosa!
O dia que fugiu de casa, montada na garupa do cavalo branco de um namorado príncipe!
O final desta história, você confere no filme!




sábado, 27 de março de 2010

Dia 4 - 26 de Março de 2012, Sexta-feira

Quarto dia de filmagem: A Estrada nos espera!












Pegamos a van rumo a Muqui-ES, para filmar a jornada de Gilda em busca da história de sua mãe.
Dona Gilda emocionou a equipe com sua história de vida e seu desejo de conhecer um pouco sobre quem conhece a sua mãe.

A primeira cena foi gravada no cartório de Muqui, o único cartório da cidade, onde Gilda procurou nos registros alguma pista do nome de sua mãe. O resultado desta busca é uma cena emocionante, que levou toda equipe a um sentimento coletivo de emoção extrema!

Dona Gilda e Muqui vão deixar saudades!





sexta-feira, 26 de março de 2010

Dia 3 - 25 de março de 2012 - Quinta-feira












Hoje é dia de Baile!!!

A academia de dança de salão Denise Trotti nos emprestou seu salão e convidou seus alunos para o baile de Dona Marli.
A direção de arte caprichou! Confira algumas fotos!



Clique e conheça a escola de dança Denise Trotti

terça-feira, 23 de março de 2010

Dia 1 - 23 de Março 2012, Terça-feira

O primeiro dia de filmagem de A B Ser não podia ser mais eletrizante!

Um arrastão tomou conta das ruas do centro de Macaé em protesto a morte do traficante Roupinol.
Enquanto o comércio da cidade fechava as portas, há metros dali, a equipe de A B Ser filmava sua primeira cena semperceber o que estava acontecendo na cidade.

As cenas de seu Alcelino andando pelo terminal rodoviário, passando na roleta, entrando num ônibus ficaram ótimas, apesar da apreensão da equipe, que em determinado momento já sabia o que acontecia na cidade, as filmagens ocorreram normalmente e o resultado final foi excelente!

Leia a reportagem sobre a morte de Roupinol.

O Globo - Morte do traficante roupinol fecha comércio em bairros de Macaé


Seguindo o cronograma de filmagem, a tarde, filmamos a entrevista de seu Alcelino.

domingo, 21 de março de 2010

Atenção, silêncio... Gravando!

Na próxima terça-feira, dia 23 de Março, começam as gravações de A B Ser.
Pequenas mudanças no cronograma de filmagem. Estão previstos 7 dias de gravação.
Novas datas de 23 a 30!

Vamos torcer que o tempo melhore!

terça-feira, 16 de março de 2010

Curso relâmpago de Making of

No dia 6 de Março, Diego Zimermann ministrou uma oficina de Making of em câmeras de celular, nomeada por ele como Curso Relâmpago de Making of.
A oficina teve como objetivo introduzir técnicas de filmagem e capacitar um grupo de crianças, moradoras das mesmas comunidades onde vivem os idosos, para a produção do Making of do A B Ser. 
A escolha de usar o celular e não uma câmera profissional, deu-se do objetivo de democratizar a sétima arte. Era esta a nossa preocupação na criação da oficina. Ensinar técnicas de vídeo que poderiam ser facilmente praticadas depois da aula. A escolha por crianças também foi intencional. Queríamos trabalhar com meninos e meninas cheios de energia e de sede pela descoberta. Crianças que pertencessem as mesmas comunidades que os idosos protagonistas do filme, e que assim como eles, estivessem descobrindo um mundo novo e um novo jeito de ver a vida. Através das lentes. 
A oficina consistiu em:
- Apresentar o universo de fazer cinema, dos bastidores de filmagem, dos verbos Ação e Corta e da necessidade do silêncio no set.

- Explicar o que é Making of. Por que precisamos de um, e por que escolhemos as crianças para fazer parte da equipe.
 
- Ensinar como filmar usando o celular. Que botões apertar, que botões não apertar, dicas de enquadramento e de som.
- Produzindo entrevistas: Aonde filmar? Procurar um lugar silencioso. O que perguntar? Qual o seu objetivo ao filmar esta entrevista?

Depois da aula, as crianças colocaram a mão na massa e fizeram pequenos vídeos com celulares e fotografias.

PS: Essa foto é do projeto de vídeos com celulares do Curta Favela. O projeto foi nosso grande inspirador para criar o conceito da oficina do A B Ser. O Curta Favela acontecem em várias comunidades de baixa renda do Rio e agora alça vôos pelo resto do país!

Dê uma olhada no Blog do Curta Favela:

http://curtafavela.blogspot.com/

E fica aqui o meu obrigada a Walter Mesquita, o coordenador do Curta Favela e grande amigo que me sugeriu e ajudou a idealizar o projeto do Making of A B Ser!
Obrigada meu querido, obrigada Diego!

Zilda

  Menos ou mais nicotina: O vício continua.

Zilda colocou um segundo em seu coração para ocupar o vazio do primeiro. Seguiu o provérbio popular que diz que um grande amor, só pode ser curado com outro.
Se isso for verdade, fica comprovado que não existe cura para este mal que perturba tantos corações do planeta. O que acontece é apenas uma substituição do vício. Com mais ou menos intensidade.

Nunca foi à escola. Estudar era para filhos de famílias abastadas. Não era o seu caso. Começou a trabalhar ainda criança. Com dez anos, na roça. Preparava a terra, molhava a horta, capinava os raminhos de tiririca, tão insistentes. Passou pela infância sem as brincadeiras de roda, de pique esconde, ou pega-pega. Ficou adulta depressa. Muito mais rápido do que o seu corpo e a sua cabeça podiam suportar.

Aos quinze anos, ficou grávida do primeiro namorado que sumiu no mundo sem deixar notícias. Ele dizia que a amava e que precisava da prova do amor de Zilda dizia sentir por ela. A tal prova de amor nasceu, causando transtorno e confusão na vida daquela jovem que não foi criança, mas que também não era adulta.
O namorado já havia sumido há meses, e o bebê, uma menina foi criada pela avó.
Zilda saiu de casa e da roça. A vergonha de uma menina desencaminhada era um fardo difícil para uma família suportar. Zilda foi trabalhar de doméstica na cidade. O namorado voltou muitos anos mais tarde, quando já não fazia falta e as feridas estavam cicatrizadas.

As mãos de Zilda são grossas. Sua pele é branca, com manchas que quase lhe determinam uma nova cor. As mãos manchadas tremem quando Zilda fala sobre o segundo namorado. Sobre a substituição. Foi aos vinte anos. Já era mulher feita quando o conheceu.
Nome: José. Profissão: Marinheiro. Pré-requisito para se apaixonar novamente: O charme que só os homens de farda têm.
Cinco anos havia passado. Ela nunca mais teve ninguém depois do primeiro namorado. Dedicou a vida a trabalhar e cumprir a penitência de uma gravidez sem casamento. Mas o coração falou mais forte do que seus pensamentos. E bateu mais rápido pelo marinheiro. Este homem surgiu em sua vida como surgem os homens do mar. A melhor amiga de Zilda alertou a jovem sobre os perigos daquela relação.
Segundo ela, marinheiros chegam com a mesma facilidade em que vão embora. E não se demoram muito em cada porto. Não jogam âncoras, não deixam esperanças, nem rastros.
Por sorte ou azar, Zilda deu de ombros ao conselho da amiga. E namorou o jovem José.

O romance durou oito anos. Tempo suficiente para esquecer e curar as feridas de um primeiro amor mal resolvido. Intensidade suficiente para amar desesperadamente um segundo que a magoaria mais do que primeiro.

Com José, Zilda construiu uma casa. Deixou a vida de doméstica e foi morar com o marinheiro que jogou âncoras naquele porto seguro. O casal teve três filhas. E Zilda voltou à casa da mãe para buscar sua primogênita.
A última das quatro meninas ainda estava na barriga da mãe quando José sumiu no mundo. Um mesmo destino repetido duas vezes. Duas vezes abandonada, duas vezes grávida. Embora já tivesse experiências com o abandono, Zilda sofreu com mais intensidade a repetição de sua sina. Padeceu muito porque foi desesperadamente apaixonada por aquele homem. Viciada nele. Possuída pela necessidade urgente de tê-lo a qualquer custo. Quase enlouqueceu. Assim ela conta.

Não se sabe ao certo para onde José foi. Nunca mais o viu. Pro mar ela sabe que ele não voltou. Mas isso já não importava. Não guarda mágoas, não sente raiva. Mas foge das lembranças. Porque as lembranças não consolam. Atordoam. Suas filhas procuraram pelo pai e até hoje mantêm contato com ele. Zilda sabe da aproximação. Mas fecha os olhos e os ouvidos para toda e qualquer notícia sobre o marinheiro.

Depois do abandono, Zilda recomeçou seu trabalho de doméstica carregando suas quatro filhas. Foi difícil este recomeço. A mãe já falecida, não pôde olhar suas meninas enquanto Zilda trabalhava pelo sustento da família. Ela só podia seguir em frente sem contar com mais ninguém. Não se permitiu viver outro amor, embora fosse tentada pelo destino à algumas aventuras amorosas. O medo de uma nova ou repetida decepção era maior do que a vontade de ser feliz. Ela preferiu se anular como mulher. Ser mãe não lhe causava nenhuma mágoa, e foi esse o destino que ela escolheu para si mesma. Seguir na vida, com um único papel.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Dona Odete

O mais difícil é juntar as letras e formar os sons das sílabas, formar uma palavra completa.
Dona Odete já sabe escrever todo o abecedário, mas ainda tem dificuldade para juntar os sons soletrados pela professora.
Confunde o S com o Z. São tão parecidos, provavelmente parentes. Em certas palavras possuem o mesmo som, mas traçaram caminhos opostos, um se curva para a direita, o outro para a esquerda.

A família de Odete também traçou caminhos opostos. Dos dez filhos, os sete homens puderam freqüentar a escola. Aprenderam a juntar as letras e os números.
Às três mulheres da família bastou apenas ensinar a lavar, passar e cozinhar. Cuidar da casa e da roça.

Odete faz hoje o caminho inverso da letra, traça seu próprio destino, seja ele escrito com S ou com Z. Isso não importa.

Sonha para que daqui a alguns meses não vá mais recusar o jornal distribuído durante a missa. Sempre freqüentou a igreja para ouvir a palavra de Deus, mas nunca, até hoje pôde lê-la.

domingo, 14 de março de 2010

Dia 1 a 3 de Março - Visita às locações










                                                                                  
Nos dias 1, 2 e 3 de Março, começamos a rascunhar o plano de filmagem e a decumpagem das cenas a serem gravadas.

Nos dois primeiros dias, nós visitamos a escola e a turma conheceu parte da equipe: Lucas Canavarro, o assistente de direção e Andrea Capella, a diretora de fotografia.


No último dia, Andrea visitou algumas casas e aí está o resultado.